Um mergulho no concreto


Dias passam sem ao menos darmos conta do ponteiro. Doenças apagam o sol da nossa motivação que julgamos ter sido uma comprovação de que podemos mudar o tédio. Não podemos. O marasmo padece no percurso como pedras são encontradas no asfalto desgastado por andares tristes que constroem uma semana. Solitário não sou eu que sei muito bem o quanto meus passos não querem seguir o previsível, vazios são vocês que enxergam no automóvel o mesmo valor de um sorriso sincero que surge desprendido de cifras. Como poderei ser alguém que conquista e deseja estar imune do tédio?  Há frente de uma realização vem o despertador que tocando na manhã seguinte chamando para respirar outras conquistas, no meio dessa ordem chega o “buraco” vagarosamente insistindo que é preciso conquistar outras coisas, entristecendo a nossa existência. Seja o que for, faça o que tiver que fazer, porém a primeira ordem é fugir do tédio, gastar sem precisar, evitar a si mesmo, ser engrenagem da vitoria. Como posso relaxar se nós sabotamos a si mesmo querendo ser o vencedor a toda vez quando passamos a chave na fechadura da onde habitamos? O tempo corre. Não corro, vivo a vida antes de tudo por acreditar na poesia de quando acordamos. Se ganhar impõe vitorias infinitas, prefiro dançar ao lado do quem nem sei o que seja, mas que faz repensar nas coisas que você julgou ter sido verdade, que na preguiça colocou o cérebro pra deitar sem averiguar a verdade do boato. 



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