Proibido Proibir - Escola da Vida

Semana passada por acaso, estava acordado até tarde assistindo a Rede Globo, especificamente o Jô soares, foi enquanto nas chamadas comerciais ique nformaram o filme que passaria a seguir na sessão nacional de segunda, seria o Proibido Proibir , uma das projeções nacionais mais difíceis de serem encontradas. Naquele exato momento pensei comigo mesmo, que teria que segurar o sono para enfim, conseguir assistir este filme, que tanto corri atrás.

A trama conta a historia de três jovens da classe media carioca, Paulo (Caio Blat) um estudante de medicina, Leon (Alexandre Rodrigues), estudante de Ciências Sociais é Letícia (Maria Flor), estudante de artes. Ao decorrer os três formam o triangulo amoroso da historia, no entanto a narrativa não fica presa neste mero artifício, os três vivenciam a desigualdade social do Rio de Janeiro.

Dirigindo por Jorge Duran, contem um trio de atores de peso na linha de frente Caio Blat, Maria Flor e Alexandre Rodrigues.

O acesso dos protagonistas a favela carioca não é nada nonsense, o clichê pairou longe desta obra, algo difícil na atual conjuntura do cinema brasileiro, quando é facil notar uma banalização da favela e da miséria, visto nos fiascos como Verônica e Salve Geral. No entanto, neste filme vemos uma narração verdadeira e atual, da vivência acadêmica as mazelas que o estado possui.

Ao final do filme pensei vinte minutos que esta obra brasileira poderia ser a versão nacional para a obra de arte de Bernardo Bertolucci, Os Sonhadores, claro, guardando as devidas proporções. Um filme não tem nada haver com o outro, porém na matéria de triângulo que reascende e descobre que fora daquele cotidiano vivido até então, existia uma amplitude maior que os seus olhos não enxergavam.

Paralelo a isso gostaria de comentar também outro filme que acompanhei na sessão da tarde, podendo ser linkado com a temática de o Proibido Proibir.
A escola da vida, dirigido por William Dear, protagonizado por David Paymer e Ryan Reynolds, conhecido por atuar em comedias românticas.

Encurtado, a historia é sobre o surgimento de um novo professor numa escola do ensino médio americana. Ryan Reynolds interpreta o senhor D, um professor que revoluciona uma escola, devido o seu método de ensino, gerando adoração de todos da comunidade. Entretanto do professor Matt (David Paymer), que não entende tanta admiração dos alunos pelo novo professor.

Destaco uma cena no meio de tantas outras, que o senhor D diz perante aos alunos no seu discurso inicial, que não importa quem eles seriam, mas o importante era quem eles se tornariam e finaliza dizendo que a escola tem a função de ajudá-los nesta difícil tarefa.

Agora, quem se interessa é costuma ler este espaço, deve estar se perguntando, mas que diabos um filme tem haver com o outro, oras, tudo, no Proibido Proibir temos a reação de um ensino brasileiro falido, na Escolada Vida enxergamos a solução para esta falência. Entendo que ambos os filmes relatam a educação. Na projeção brasileira, nota-se três universitários presos dentro da universidade que no decorrer dos fatos, acordam e vivenciam na pele a realidade social. Na escola da vida tem-se uma visão leve sobre a importância da educação na vida de um ser humano.

Se nas vias de fato, o nosso país aplicasse na educação o que acontece na Escola da Vida, a nossa educação teria conserto.

Homem de Ferro 2



Como na primeira projeção, o principal atrativo desta continuação está novamente a cargo de Robert Downey Jr, interpretado soberbamente Tony Stark, o homem de ferro. A segurança de sua interpretação é o principal fator para qualidade da película. Hoje é amanha e num futuro próximo, não terá outro sujeito que interpretara o homem de ferro com tanta força que nem Downey Jr, o que só credencia a franquia e ainda lhe garante um faturamento nos próximos anos.

Nesta continuação, passa-se seis meses após a declaração de Tony Stark referindo-se ser o Homem de Ferro, onde se encontra aclamado pela sociedade como um ícone pop. Porém vivência uma terrível pressão por parte do governo americano, querendo os segredos da armadura de ferro para ser implantada como um recurso do exercito americano. Paralelo a isso está sendo envenenado pelo dispositivo que o mantém vivo, podendo lhe causar uma morte futura.

Já no começo do filme, conhecemos o seu novo adversário, Ivan Vanko (Mickey Rourke), um cientista russo que planeja vingar seu pai matando Tony, por uma antiga rincha de seus pais. Ao decorrer da trama, ocorre à aliança de Vanko com Justin Hammer (Sam Rockwell), um industrial de armamento que almeja derrubar seu concorrente Tony.

Para ajudar o homem de ferro a combater o mal a vista, Nick Fury (Samuel L. Jackson) chefe de uma agência de espionagem lhe ajudara a responder a cura dos seus dilemas. Além desta ajuda, contará também com a presença misteriosa de Natalie (Scarlett Johansson) é dos seus velhos amigos Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) e o militar Rhodes (Don Cheadle).

Homem de Ferro 2 é um show de entretenimento, tudo consta na medida, não aborrece o telespectador com um show de fantasia excessiva. A diversão é um prato cheio, muitas são as horas que Tony Stark aplica uma piadinha é nos faz rir. A trilha sonora é algo a parte, do instrumental de Tom Morello ao clássico de AC/DC.

Os dois vilões é um ponto positivo para trama, Mickey Rourke e Sam Rockweel conseguem dividir a cena na medida pedida é trazem uma boa interação é reforçam a importância dos seus personagens.

Ao contrario da maioria das adaptações de quadrinhos para o cinema, a exceção dos Batmans de Christopher Nolan, o que garante a qualidade no filme, não é o show de efeitos especiais é sim o excelente elenco da projeção. Todos fazem um excelente papel é conseguem render o lado humano da trama.

Quem procura se divertir com qualidade e não atura as mesmas explorações de malevolência do entretenimento, consegue se divertir do começo ao fim com esta historia.

Comprometimento

Passado a tão aguardada convocação brasileira para copa do mundo, me encontro com a mesma gripe do dia anterior e com os mesmos problemas que permanecem na minha vida. Na parte externa do meu quarto, o mercado de trabalho voltou a funcionar, o porteiro continua aposto ouvindo o seu velho radinho de pilha, os operadores de telemarketing continuam recebendo xingamentos a cada cinco segundos e a hipocrisia humana voltou a almoçar ao meio dia.

O dunga clama e banaliza a palavra comprometimento ao explicar a sua lista, brinca com a humildade de um povo falido e usa metáforas infelizes comparando a copa a um campo de batalha. A população esquece de trabalhar é liga a televisão para acompanhar a convocação dos 23 soldados que terão a infelicidade de representar o Brasil numa guerra chamada Copa do Mundo em troca de uma quantia alta dos patrocinadores.

Dunga e o seu comprometimento vão longe, alcançando os nossos lares, por meio da propaganda de cerveja, no qual notamos sua aparição juntamente com seus soldados, gritando é incentivando o consumo da bebida alcoólica. Porém é fácil de ser entendido, já que são profissionais que estudaram severamente é com a típica raça de guerreiros se graduaram é hoje fazem doutorados de ídolos nacionais. Portanto, merecem faturar da forma que for.

O técnico reafirma que numa historia brasileira, nunca houve uma seleção tão acessível ao povo brasileiro como esta, algo concluído quando nota-se que um preço do uniforme brasileiro estampando a vitrine do shopping Center é a metade de um salário mínimo.

A seleção brasileira é capital, somos nós cidadãos os verdadeiros responsáveis pela sua receita final. Na internet a todo instante me deparo com algum produto associado à seleção brasileira, até no orkut contém uma propaganda.

Perdemos uma grande parcela do nosso tempo comentando deste circulo vicioso, chamado seleção brasileira. Não sou radical ao afirmar que a alienação da sociedade, deve-se somente ao futebol, entendo que isto seja o troco de tanto sofrimento passado diariamente. Entretanto permanecer cego é pavoroso, ouvir passivamente uma entrevista coletiva extremamente imunda como a do caríssimo Dunga é ter o rotulo de otário no final do dia.

Só pediria o favor para este senhor, limitar-se a cumprir sua função é castrar suas palavras de ufanismo falso. Discursar assuntos complexos e incomparáveis como à guerra é brincar com as perdas humanas existentes nela. Declarar que uma analise da ditadura militar só poderá ser realizada pelo individuo que viveu nesta época é desconsiderar e jogar no lixo todos os livros de historia já lançados no mundo. Torcer por uma seleção que há muito tempo se tornou uma empresa é ser indiretamente o responsável por seu lucro no final do mês.

A expectativa brasileira fica a espera de mais uma copa do mundo, após disto, brincaremos de eleições, votaremos no “menos pior para presidência” e no caminho da votação, pegaremos do chão um folheto qualquer de um candidato a deputado federal e estadual é votaremos na nossa recém descoberta.

Mary e Max - Uma Amizade Diferente


(imagem creditada ao site adoro cinema)

A animação Mary e Max é dirigida e roteirizada pelo estreante australiano Adam Elliot. Contem as vozes da atriz Toni Collete como Mary e Philip Seymour Hoffman como Max.

Com um papel fundamental na trama o narrador apresenta a Austrália de Mary, uma menina solitária de oito anos e a Nova York de Max, um senhor de 44 anos, solitário e obeso, que sofre da síndrome de asperger. Por intermédio de cartas trocadas, nasce uma amizade entre os dois. Ao logo do filme a amizade vive os seus altos e baixos.

Esta é uma historia baseada em um fato real, porém a amizade mostrada de Mary e Max poderia ser muito bem direcionada a nossa realidade atual, na qual as redes sociais fazem parte do nosso cotidiano, onde é possível manter uma amizade a quilômetros de distancia.

Esta é a típica animação que funciona mais para o adulto, do que propriamente ao publico infantil. O filme é cheio de mensagens bonitas, principalmente no que se condiz à insignificância das aparências para um relacionamento e uma amizade duradoura. O sentimento saudosista com certeza tomara conta do espectador que assistir a este filme.

Homem de Ferro


Um vilão anunciado já na primeira aparição, o dilema existente para o desenvolvimento da criação do super-herói, Todos os clichês já conhecidos numa adaptação de quadrinhos para o cinema, ingredientes mais que suficientes para darem o dissabor à produção em questão, entretanto houve um elemento que tirou todas as hipóteses negativas, Robert Downey Jr, o próprio Homem de Ferro, o “motherfucker” do cinema americano parece que carrega uma espécie de magnetismo do carisma em sua interpretação, transformando a historia do homem de ferro numa agradabilíssima opção para passar os dias das mães, isto mesmo, com o boom de comentários de sua continuação já disponível nos cinemas, resolvi alugar o primeiro filme antes de assistir o novo e tirar a minha conclusão sobre o super-herói da atualidade, nem que isto significasse tomar alguns minutos da comemoração do dia das mães, e nem desperdiçou hora alguma, Tony Stark (homem de ferro) soube suprir todos os meus anseios pelo entretenimento.

Diversão do começo ao fim, um roteiro um tanto diferente, quando comparando aos outros filmes de HQS, como descrito acima possui todas as ferramentas previsíveis para uma historia deste tipo, porém a personalidade do “salvador da pátria” é diferenciada, é como se ele fosse o oposto dos heróis tradicionais, certamente a comprovação deste meu argumento é mostrado na ultima fala da projeção, quando o milionário Tony declara perante a imprensa que é o Homem de Ferro.

Para mim o lado negro da produção é o incessante patriotismo americano, encontrado nas primeiras cenas ou na própria essência do personagem principal, um construtor de armas que encontrou sua redenção é se torna um super-herói, ajudando a combater o terrorismo. Mas, nada que apague o entretenimento visto ao longo da trama, é nesta matéria funciona quase perfeitamente, cinemão de qualidade. Já to pronto para o Iron Man 2, go go cinemas.

Tudo Pode Dar Certo


(Imagem Creditada do site adoro cinema)

A projeção começa é logo avistamos um senhor na faixa dos setenta anos dividindo uma mesa com outros senhores numa cafeteria em Nova York, após uma breve conversa sobre a raça humana, ele levanta da cadeira e aproxima-se da câmera dialogando com o público, neste dialogo faz uma explicação das pretensões da obra vigente é interrompido no meio do seu discurso por um garoto do outro lado da calçada que pergunta para mãe, se o senhor é louco por falar sozinho, ele não se inibe com a desconfiança alheia é mantém a sua fala. Pronto o suficiente para sermos apresentados ao próprio Woody Allen, personificado na figura de Larry David, é para ficarmos satisfeito com o seu novo filme, “Tudo Pode Dar Certo”, já na primeira cena presenciamos uma formula antiga sua voltando à tona, á de conversar com o espectador. Enfim, podemos de fato nos acomodar na poltrona do cinema, para degustarmos de uma obra deliciosa realizada por este gênio do cinema contemporâneo.

Boris Yellnikoff pode ser classificado como um alterego de Woody Allen, um senhor de idade, ranzinza, admirador de opera e dono de teorias negativas sobre o mundo que vivemos. Neste filme quem é o responsável pela interpretação deste personagem é Larry David, co-criador da serie americana Seinfeld. Em um inspiradíssimo trabalho, Larry tira gargalhada do espectador a cada fala, quase um solo de “stand up”, com rápidas tiradas e colocações inteligentes.

Ao longo da narrativa, Boris convive com Melodie St. Ann Celestine (Evan Rachel Wood), uma jovem americana que fugiu do apartamento dos pais e o esbarrou na porta de sua casa pedido um lar para morar. Após um jogo de ironia por parte de Boris, os dois começam a se entender. O filme caminha até certo ponto direcionando este relacionamento, entretanto no seu desdobramento surgem novos personagens é dão o tempero a mais para trama.

Uma historia engraçadíssima. Um roteiro genial. Woody Allen voltando a sua raiz, Nova York. Um tanto parecido com a obra prima “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”. O sarcasmo é utilizando como ferramenta de critica para uma sociedade egoísta e conservadora. Palmas para disposição de Allen em continuar dirigindo longas e nós trazendo o seu bom e velho humor.

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