Qual é a moral da história?



Tenho um visinho que pensa em sexo 19 horas por dia.

Não bastando o ocorrido, outra vez no pronto socorro, na primeira hora do dia foi avisado pelo medico que estava sobre suspeita de anemia. Cabra porreta, esse meu visinho, não é mesmo, entristece e vezes esquece do próprio paladar e o mau trato de sua mão ao nós cumprimentar, entrega que és um soldado de prontidão, pronto para estar em jejum se precisar. 

Vigia dos decotes alheios. Sobrevivente das madrugadas recentes. Um legítimo sacana aposentado.

Por meio do seu mérito trabalhado já conheceu o alfabeto inteiro, vejam que até com a letra y, a assanhada adotada pelo nosso idioma, o cretino teve já seus gracejos.

Nelson Rodrigues, que nada, um sacerdote comparado ao meu visinho anônimo.

Feito aqueles defensores que assistimos nos filmes hollywoodianos, reverto a breve prosa e digo antes da sua leitura vulgar e moralista a inocência do meu visinho, argumento como defesa, que a sua sacanagem se restringe à privada, portanto, cada um que limpe a sua.

Antes mesmo de classificarem a tiração de sarro como bullying, os produtos vendidos relacionados ao tema não passavam de pó enquanto o meu visinho sentia o peso de suas orelhas achatadas e sua ausência de fala, em pleno ambiente ditatorial em que o sexo cedeu espaço para o medo e a sacanagem ficou escondida na gaveta, aguardando a liberdade abri-la.

Labuta amigo, em dias difíceis meu visinho não atravessou a rua, permaneceu na mesma calçada, alcançado dias cibernéticos. Dias, que segundo o próprio são vazios e responsáveis por aflorar a sacanagem de outrora contida. Relaxa meu visinho, amigo, batalhe pelo seu orgasmo de cada dia, esqueça do passado, do presente tardio e futuro distante e morra ereto, feito um vigilante que tu és.


0 comentários:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails
Return top