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Mudança de Endereço
- 13:12
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Mudei de blog ... o nome contínua o mesmo, mas só mudou o espaço ... agora é: http://estemundoemeu.wordpress.com/
Abçs
Porque o Caetano sempre me faz repensar nas coisas!
- 18:54
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Caricatura de Natan
Confesso, agi de uma maneira agressiva quando o Ministério da Cultura autorizou Maria Bethânia de buscarem o incentivo financeiro de um 1, 3 milhão para a criação de um blog de poesia, no entanto, após ler o que o seu irmão Caetano Veloso escreveu no Jornal Globo (27), sobre o que acha sobre do burburinho, notei e fui atingido por uma repentina mudança atmosférica, consegui, o controle dos meus pensamentos, não mudei de opinião, mas atingi o senso democrático, que é direto: a melhor representação de todas as representações do exercício das idéias.
Não subestime o poder de persuasão de Cae, essa não séria a definição mais apropriada para classificar a mudança certeira que ocorreu, mas, o artista sabe escrever como ninguém, suas palavras são agradáveis de ler, antes, quando era um total desconhecedor da sua obra musical, falava pelos quatro cantos que achava que o melhor em Veloso era a sua persona, fechava os olhos para a música. Errei, o tempo me disse. No entanto, o foda é que Caetano não dá descanso, ele aparece a todo o momento, por isso não tem tempo de ser Chico ou João Gilberto. Ele é um trabalhador incessante, que cultiva o vanguardismo em suas veias. Que, diga-se de passagem, o seu Ao Vivo pela MTV do qual o mesmo gritou durante um VMB lembrado até hoje por esse momento, é uma jóia impactante. Ele não precisava gravar um disco ao vivo na altura do campeonato, sua poltrona o aguarda na Bahia, mas não, dessa vez não, com a licença das palavras do rapper Emicida, o artista baiano, que na verdade é poliglota, quis aparecer na semana passada para defender a sua Irma. Vlido.
Em suma disse que outros artistas nacionalmente famosos ou indigentes (desconhecidos) são autorizados por uma quantia ainda maior que o da sua Irma é o povo sendo representado erroneamente pela mídia tradicional, com a ajuda do tsunami dos internautas não falam nada, se cegam diante de tal informação, que nem divulgada é. Na outra parte de seu escrito, particularmente o mais brilhante, disse que o jornalismo feito pela Revista Veja e pela Folha de São Paulo, são realizações de fígado, ou seja, qualquer difusão deste é de grande repercussão, representação essa que é feita a qualquer custo. Terminou dizendo que a mídia tem medo do potencial da Bahia e que os jornalistas deveriam sentir na pele o efeito de suas leviandades.
Porque fui atingido pela excelente ação de procurar aceitar a opinião contraria? Simples, o cantor foi excelente a relatar que a imprensa, pelo seu modo apocalíptico de procurar de forma irracional a repercussão de uma notícia, gerou a dicotomia e ainda acirrou os ânimos.
Concordo contigo Caetano, quando diz que o Ministério Público deveria punir opinião ameaçadora de internauta frustrado e que corre atrás dos seus 15 minutos de fama. Porém, apesar de suas palavras benéficas continuo achando essa história de blog um tanto embaraçosa, leviana e desnecessária.
Mas também sei que a mídia é egoísta, principalmente os velhos e ainda dominantes de quase sempre, que botam no rabo da gente e não nos ajuda em nada, pouco pensam na questão social. Há como eu queria que todos os meios impressos fossem interessantes como a revista Caros Amigos, que tem a regalia de estampar Tom Zé em sua capa. Com tudo, acho que o jornalismo de fígado é o que vende mais, que mais engana e gera confusão, mas por outro lado, garante a sobremesa dos “comunicadores de bens”.
A pessoa, o artista, a lenda: sempre vai ter vez comigo, por ser o ativista da cultura atual, parceiro de bandas novas que escuto e foge do discurso démodé de que o antigo é mais legal, não, o novo tem a sua relevância. O novo sou eu também, Caetano fala isso. Além de ser uma personalidade que não se cala, tem opinião, mostra, mesmo que essa contrarie a realidade, ele é claro e argumenta – vocês (mídia) não vão me calar!
Na véspera do aniversário de Salvador, parabenizo a cidade e o seu conterrâneo ilustre, por ambos trazerem a autenticidade como ala de frente.
Rogério Ceni: um roteiro de cinema
- 17:39
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Poucos conhecem a história cinematográfica do goleiro Rogério Ceni. E acho que por essa razão exista um movimento injusto e leviano que defende o rótulo dele ser um jogador mascarado.
O fato que a própria história do goleiro mostra ser diferenciada. No inicio da carreia, contrariando diretamente a maioria dos jogadores, Ceni demonstrava ter equilíbrio suficiente para tentar e conseguir o sucesso em outra atividade profissional para sobreviver. Empregado de um banco teve que escolher entre a vida bancaria ou a futebolística, sorte para quem admira a verdadeira arte do futebol.
Vindo de origem humilde, do desconhecido Sinop, havia conseguido surgir no cenário paulistano, de repente havia trocado o Mato Grosso do Sul pela terra da garoa em 1990, se tornara o terceiro goleiro do São Paulo. Literalmente, passou pelo desdobramento comum de qualquer roteiro cinematográfico.
Sem moradia fixa, a forma encontrada era morar no próprio CET do clube, época que conheceu sua esposa Sandra, no qual tinha que pular os portões do clube para visitá-la. A única forma encontrada para fugir da marcação cerrada da diretoria. O momento de superação encontrado em qualquer roteiro cinematográfico.
Por uma ocasião do destino, um acontecimento fatídico foi responsável direto pelo começo da trajetória brilhante do atleta, em 1992, pouco se sábia do nome de Ceni até então e consequentemente as chances de jogar eram impossíveis, foi através de um acidente automobilístico sofrido pelo segundo goleiro em questão - Alexandre (que infelizmente rendeu a sua morte) que tornou o reserva de Zetti, onde esteve no elenco campeão do mundial interclubes do mesmo ano. O instrumento do destino como divisor de águas, não preciso nem dizer que isso é comum em histórias de Hollywood.
Depois da saída de Zetti, tornou-se o goleiro titular, em 1997 fez o seu primeiro gol de em uma cobrança de falta.
Entre altas e baixas, ganhou títulos, bateu recordes e se consagrava como um dos maiores cobradores de falta do país. Começou a colecionar desafetos, por ter na essência uma maneira singular de lidar com o sincronizado jornalismo esportivo. Para os tolos era sinônimo de arrogância, para os grandes era exemplo de profissional.
Pode-se dizer que faz parte de um seleto grupo, no qual ele e o também goleiro Marcos são considerados espécies raras no momento- beirando a extinção – ou seja, os jogadores que amam o clube no qual jogam, os chamados vestem a camisa.
Ontem, numa tarde de domingo, dia 27, o goleiro marcou história fazendo o seu centésimo Gol, equivalente a de Edson Arantes do Nascimento (o Pelé), quando marcou seu milésimo gol em 1969. Proporções guardadas a parte, a marca de ontem, é tão heróica quanta a do melhor jogador da história do futebol.
No currículo de Ceni foram 55 gols de cobrança de falta, 1 de bola rolando e 44 de pênaltis. Um fenômeno, ele é um caso que não veremos novamente, que possivelmente nossos filhos e netos só leram nos livros.
Aos tolos, para não colocar imbecis (sendo gentil) finalizo colocando para se renderem ao talento do atleta, que sempre foi exemplo profissional, enquanto os milhares de nomes que passaram no clube do Morumbi iam embora ao termino do treino, o goleiro ficava, sem reclamar da hora extra, buscava as suas 10 mil horas (exemplo) de qualificação para um dia chegar ao topo, é chegou, um epilogo brilhante o atingiu, como no cinema. Viva o Rogério Ceni! Palavras de um cara que antes de ser palmeirense, admira a arte chamada futebol.
Darren Aronofsky - um gênio
- 16:38
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No dia 12 de fevereiro de 1969 nascia no Brooklyn (Estados Unidos) Darren Aronofsky, filho de americano com descendência russa por parte da mãe. Ainda pequeno, junto com a Irma foi matriculado num colégio judeu. Quando adolescente seus país o levavam para ver apresentações no teatro da Broadway, onde gerou a sua vontade de fazer cinema. Cresceu e viveu por um tempo em um Kibutz em Israel, depois concluiu a graduação de antropologia na universidade de Harvard.
Dentro da universidade se interessou por cinema e quis construir uma carreira de animador, onde fez sua animação tese de final de curso “Supermarket Sweep, em 1991”, ganhando alguns troféus pelo trabalho.
No entanto, teve vontade de filmar um filme sobre seus temas preferidos: Judaísmo, matemática e a obsessão do ser humano, foi onde elaborou o roteiro do que viria a ser o seu primeiro longa-metragem, PI. Com o custo de US$ 60 mil, o seu primeiro filme foi lançando em 1998, não alcançado sucesso de bilheteria, mas de crítica e prêmios.
Uma curiosidade da sua primeira película, que é toda em PB (preto e branco) e o dinheiro da produção foi através da ajuda dos amigos e familiares do diretor, que deram US$ 100 cada um.
Após dois anos, realizou em 2000, seu segundo longa: Réquiem para um sonho, onde também obteve apoio da crítica e não a bilheteria. Uma curiosidade da produção é que contém 2000 cortes. A atriz Ellen Burstyn que fez esse filme e conseguiu a indicação ao Oscar de melhor atriz, disse que esse personagem vivido por ela, foi o que mais gostou de interpretar.
Apesar de não ser um mestre em bilheteria, conseguia manter uma base sólida de uma "quase unanimidade" de opiniões dentro do nicho que consumia seus filmes. Causando a veiculação de seu nome como certa no projeto Batman, até gerando uma quase parceria entre ele e a Warner, porém, pelo estúdio não ter gostando do roteiro escrito por Darren e o autor e desenhista Frank Miller cancelou o contrato. Vindo a ser o Batman Begins, dirigido por Christopher Nolan.
Em 2002 Aronofsky tinha do estúdio Fox um orçamento de US$ 75 milhões para filmar o que viria a ser o seu terceiro longa metragem “A Fonte da Vida”, é tinha como atores encabeçando a história Brad Pitt e Cate Blanchet, mas por um desentendimento de criatividade, Brad Pitt largou as filmagens para gravar a catástrofe de Tróia. Levando a perda do orçamento e da veiculação por parte da Fox, causando assim, um ostracismo de mais dois anos a espera do projeto.
Só em 2006, com um orçamento de US$ 35 Milhões e a veiculação da Warner Bros e com a substituição dos atores, entrando Hugh Jackman e Rachel Weisz como protagonistas, a sua terceira produção conseguiu ser finalizada.
Para o ator Hugh Jackman esse filme trata-se do mais importante de sua carreira e a fita também foi quando Darren conheceu Rachel Weisz, com quem, mais tarde iria se casar.
Em 2008 o diretor conseguiria enfim entrar para o mainstream de Hollywood, filmando “O lutador”, a história sobre a decadência de um ex-lutador de wrestler. Onde a princípio quem iria protagonizar a trama, seria Nicolas Cage, mas devido sua agenda lotada, a opção ficou a cargo de Sylvestler Stallone, que também não podia estrelar, porque estava em fase de gravação dos “Mercenários”, sem as duas opções, o cargo final ficou para Mickey Rourke, que conseguiu conquistar uma indicação ao Oscar de melhor ator do mesmo ano.
Mas, o auge de sua carreira aconteceu recentemente, em dezembro de 2010, quando estreou nos Estados Unidos, Black Swan – que é traduzido no Brasil, como “Cisne Negro”, estrelado por Natalie Portman e alavancando 5 indicações ao Oscar de 2011, incluído melhor filme, diretor e atriz.
Respondendo uma pergunta, Natalie Portman falou que trabalhar com Darren Aranosfsky foi à realização de um sonho e completou dizendo que ele era o diretor dos seus sonhos.
Darren Aranosfsky utiliza os recursos cinematográficos para fazer seu estudo antropológico do ser humano, consegue utilizar-se dos recursos cinematográficos como poucos, abordando de uma maneira autêntica e poética sobre o comportamento humano. É de valia, registrar dois de seus parceiros ao longo de sua carreira cinematográfica: o diretor de fotografia: Matthew Libatique e o compositor: Clint Mansell. Que juntos, fazem obras primas.
Já esta confimado para 2012, o próximo projeto do diretor, é a continuação do The Wolwerine, que ainda está em pré-produção, no qual terá a oportunidade de trabalhar de novo com Hugh Jackman.
Sua Filmografia e um breve comentário sobre seus filmes:
PI (1998)
“Um trailer assustador da obsessão de um protagonista em busca da perfeição.” - “Tomadas geniais”
“Um dos melhores prolongos que eu já vi” - “Uma das melhores trilhas sonoras que eu já escutei” - “Poético, tenso e cheio de sofrimento” - “Um dos melhores, se não o mais bem estruturado longa que fala sobre drogas” - “O recurso da divisão da tela é genial”
A fonte da vida (The Fountain) - (2006)
“Lindo retratado sobre a vida” - “Cena memorável de Hugh Jackman falando que está pronto pra morrer” - “Metáforas belas” -“Uma obra prima que beira a perfeição”
O lutador (The Wrestller) - (2008)
“Mickey Rourke soberbo” - “Cena emocionante onde o personagem de Rourke – Randy pedi desculpas para a filha por tê-la abandonada.” - “Um retrato tocante sobre a importância de lutar para viver” - “ Uma cena memorável em que Randy se prepara pra começar em seu novo emprego de empacotador de mortadelas e no caminho que percorre até chegar ao novo trabalho, o áudio faz alusão ao barulho idêntico de um lutador entrando no ringue”
Cisne Negro (Black Swan) - (2010)
“Sua maior obra prima” – “Nunca vi um ator, ser tão soberbo quando Natalie Portman foi nesse filme” – “ Vemos que é uma obra de arte que deixa em aberto interpretações do publico sobre a trama” – “O maior epilogo que eu já vi”- ‘’estou sobre enfeito da trama até hoje”
O silêncio de Sofia no seu mundo !
- 21:49
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Sofia Coppola é um daqueles nomes dentro do mundo cinematográfico que me fazem correr da onde estiver para ir ao cinema conferir seu novo trabalho, em tempos, onde os cinéfilos se apressam para devorarem os principais títulos do Oscar 2011, me desapego a essa marolinha, por enquanto – para observar e principalmente ouvir, o que a querida Sofia tem pra falar.
Foi exatamente há dois anos numa dessas visitas a locadora, com o intuito de preencher o entretenimento do final de semana, que me deparei com “Encontros e Desencontros” (Lost In Translation) de 2003, segundo filme da diretora. Não conhecia a filha de Francis Ford Coppola, não sabia do que se tratava a fita, mas a levei, porque tinha gostado da capa. Sábia decisão, que resultou numa grande relação que levo até hoje. Conheci Bob Haris (Bill Murray) e Charlotte (Scarlett Johansson). Aprendi e recomecei a vida com eles. E, o mais importante, fui apresentado ao silêncio de Sofia.
Que mais tarde veria no seu primeiro longa metragem “As Virgens Suicidas” (The Virgin Suicide) de 1999, um aprofundamento silencioso, que impressiona, mostrando um recurso interessante: na ausência da fala vemos o momento registrado sendo tomado pelo som ambiente, transformando cada cena sem áudio dos personagens em um quadro poético. Arte e melancolia combinando cinema a flor da pele.
A exceção de "Maria Antonieta" (Marie Antoinette) de 2006, fita na qual é obvio a tentativa dela de partir pra outras direções (estilo) – tenho cá minhas restrições a esse filme – No entanto, sigo guardando no coração as suas produções. Devido a isso, fiquei ansioso quando soube que ela estava em processo de lançamento de um novo trabalho.
Somewhere – que traduzido significa em algum lugar, ganhou o titulo no Brasil de “Um lugar Qualquer”.
Na trama, conhecemos Johnny Marco (Stephen Dorff), um astro de cinema, solitário, que mesmo reunido com outras pessoas, vive em seu próprio ostracismo, numa vida desgostosa, sendo a todo momento uma marionete dos agentes, que o convoca para estar em algum lugar, divulgado seu novo filme, por meio de fotos e participação em coletivas.
Se nessa história Coppola filha não conseguiu chegar ao brilhantismo de antes, pelo menos manteve seu bom desempenho, usando suas referências de filmagem, com seus planos longos e sua brincadeira com silêncio, causando dessa vez o efeito do publico fazer sua própria interpretação em determinadas cenas.
É impressionante como a diretora parece gritar ao espectador que o mundo da fama e suas "vantagens" é uma pura ilusão, um mundo vazio e sem profundidade alguma. A direção da diretora soa como se quisesse nos deixar um recado do tipo: "tudo que nós falam sobre os benéficios em se tornar uma celebridade é tudo monótmo, sem graça e desiteressante até o talo. Sua abordagem por meio de Johnny é pra mostrar que uma celebridade não é diferente de qualquer outro ser humano. Tem seus próprios demônios e suas dificuldades para vencê-lo.
Parece que a cada passo, o astro perde sua essência humana, seguindo sem alma num mesmo padrão, sofrendo as mesmas reações diante das mais diversas experiências.
O interessante é que em meia hora de projeção conhecemos o quanto sem graça é a sua vida, é quando já estamos acostumados com a sua fossa, entra em cena sua filha Cleo (Elle Fanning), que significa seu contraste visível.
Entre a imagem do seu contraste que indica existir uma luz no fim do poço e o seu carro importando que o lembra da vida que não lhe cabe mais, Johnny adentra em breves momentos de tranqüilidade (felicidade) e conflitos pessoais.
Mas tudo em sua vida é superficial. O seu convívio é uma mentira, a exceção de Cléo, sua vida vem sendo programada há tempos, tornando suas ações previsíveis. O que será que o resta? Talvez a relação de ter, possa enfraquecê-lo.
Somewhere acerta na trilha sonora – reunindo nomes de peso da musica como The Strokes, Foo Fighters e Phoenix (os responsáveis pela elaboração da trilha).
Destaco um dialogo genial entre Johnny e Cleo, onde ele pergunta a ela como é a história do livro que esta lendo e a filha responde explicando ser o dilema de Bela querendo se tornar vampira e Edward a proibido – fazendo uma brincadeira em torno da história do Crepúsculo. Por isso acho que seus personagens são bem aceitos por serem humanos, por terem caracteristicas reais. Podendo ser confudidos com pessoas comuns do cotidiano.
Dirigido e roteirizado de uma maneira delicada, Sofia faz sua continuação modesta de “Encontros e Desencontros” – Apostando como fio condutor a mesma melancolia de um ator e também em um hotel como pano de fundo. Só que dessa vez, a Itália (um dos ambientes onde serviu de cénario para seu novo filme), não foi tão determinante para o clímax da história quanto o Japão foi para Bob Haris e Charlotte. Lá o país acabou se tornando um personagem.
Joe Pesci - o mais motherfucker do cinema
- 17:53
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Já faz um tempo que eu quero me aventurar nas amplitudes do cinema e de outros assuntos, não ficar preso e limitar-se a escrever somente resenhas despretensiosas. Sabe como é - a idéia de fazer algo novo me seduziu. Aproximadamente no ano passado, nesse mesmo período, voltei a escrever minhas impressões sobre os filmes que eu assistia no cinema, o que era um exercício direto para treinar a escrita. Portanto, vou executar uma proposta semelhante – vou fazer um breve resumo da vida (perfil) de determinado ator, atriz, diretor ou até mesmo banda, cantor e cantora. Conforme Tulipa Ruiz canta em sua canção “Efêmera” – vou devagarzinho com as coisas que eu gosto e nunca são efêmeros. Sem pretensão a nada, com o antigo objetivo de treinar a escrita.
O primeiro histórico diagnosticado será de Joseph Pesci, conhecido como Joe Pesci em sua profissão: ator.
Não teria como ser outra pessoa, acho-o um dos melhores atores que já vi atuar.
No dia 09 de fevereiro de 1943 nascia em Newark – Nova Jersey (EUA) uma das figuras mais interessantes de Hollywood. Parte de uma família de ítalo-americanos, filho de Maria que era cabeleira e Ângelo Pesci um motorista de empilhadeiras da General Motors. Aos cinco anos demonstrou seu primeiro interesse na interpretação, foi para Nova York fazer algumas peças teatrais, cinco anos mais tarde, conseguiu ter um programa infantil na televisão, chamado de Startime Kids, onde era o apresentador.
No entanto tinha um objetivo: ter uma carreira musical, tocou guitarra durante sua adolescência inteira, onde trabalhou por muito tempo como barbeiro, porém parou para concretizar seu sonho. Conseguiu integrar a banda Joey Dee eo Starliter, na qual tinha como integrante ninguém menos que Jimi Hendrix. Não demorou muito para ele se desvincular do grupo e partir para carreira solo, lançando um álbum em 1968 – cujo nome é "Little Joe", acompanhado de seu amigo e futuro parceiro no cinema Frank Vincent. Ao contrário do previsto, sua carreira na musica não obteve sucesso.
Com isso, a retomada na carreira de ator, deixada na infância, era inevitável, teve sua estréia no cinema em 1975 em o “Colecionador de Mortes”, mas foi em 1980 que conseguiu seu reconhecimento como ator, estrelando “Touro Indomável” – seu segundo longa metragem que rendeu a sua primeira indicação ao Oscar por Ator coadjuvante. Além de marcar o inicio de duas parcerias que fariam história no cinema: com o ator Robert DeNiro e o diretor Martin Scorsese.
Desse ano pra frente, sua carreira deslanchou, se antes perseguia uma carreira musical, foi no cinema que obteve o sucesso profissional e acredito o prazer em trabalhar também. Em sua extensa carreira foram grandes papeis interpretados, destaque para o eterno motherfucker – Thomy DeVito de “Os Bons Companheiros”, o também motherfucker - Nicky Santoro de “Casino” e o ladrão atrapalhado - Hary – do clássico “Esqueceram de Mim 1 e 2” .
Em 1999 anunciou sua aposentadoria precoce, alegando querer mais tempo pra musica. Só que em 2006 voltou a atuar em “O bom pastor” – a pedido de seu amigo Robert DeNiro – que dirigiu a fita. Uma curiosidade é que Pesci atuou seis vezes ao lado de DeNiro
No ano passado ele atuou em Love Ranch - ao lado da atriz britânica Helen Mirren – (trama que fala do primeiro puteiro legal do estado de Nevada dos EUA) – filme que ainda não chegou aos cinemas brasileiros e provavelmente não chegará, por ser um filme de baixo orçamento.
Agora, ele deve estar conversando com Martin Scorsese para acertar os últimos detalhes para iniciar as gravações de mais um filme sobre máfia realizado pelo diretor ítalo-americano, que também chamou para integrar o elenco: Al Pacino e Robert DeNiro. Esperar para ver o resultado.
Abaixo segue todos os filmes feito por ele:
- 2010 -Love Ranch
- 2006 - O Bom Pastor
- 1998 - Máquina Mortífera 4
- 1997 - Pescando Confusão
- 1997 - 8 Heads in a Duffel Bag
- 1995 - Cassino
- 1994 - Jimmy Hollywood
- 1994 - Com Méritos
- 1993 - Desafio no Bronx
- 1992 - A Testemunha Ocular
- 1992 - Máquina Mortífera 3
- 1992 - Meu primo Vinny
- 1992 - Esqueceram de Mim 2 - Perdido em Nova York
- 1991 - JFK - A Pergunta que Não Quer Calar
- 1991 - The Super
- 1990 - Esqueceram de Mim
- 1990 - O Casamento de Betsy
- 1990 - Os Bons Companheiros
- 1989 - Atraída pelo Perigo
- 1989 - Máquina Mortífera 2
- 1988 - Moonwalker
- 1987 - Um Homem em Fogo
- 1985 - Half Nelson (TV)
- 1984 - Era Uma Vez na América
- 1984 - Tutti Dentro
- 1983 - Dinheiro Fácil
- 1982 - Dear Mr. Wonderful
- 1982 - I'm Dancing as Fast as I Can
- 1982 - Eureka
- 1980 - Touro Indomável
- 1975 - O Colecionador de Mortes
Prêmios e Indicações
Oscar - 1981indicado como Melhor Ator Coadjuvante por, Touro Indomável
BAFTA - 1981
venceu como Melhor Ator Coadjuvante por, Touro Indomável
Oscar - 1991
venceu como Melhor Ator Coadjuvante por, Os Bons Companheiros
Globo de Ouro - 1991
indicado como Melhor Ator Coadjuvante, por Os Bons Companheiros.
MTV Movie Awards - 1993
indicado como Melhor Ator Cômico, por Meu Primo Vinny.
MTV Movie Awards - 1996
indicado como Melhor Vilão, por Cassino.
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