Historias de Amor Duram Apenas 90 Minutos


(imagem creditada ao site adoro cinema)


Podem me chamar de entusiasta ou até mesmo de um defensor acido do cinema nacional, coloque em pauta o critério do meu gosto. Claro, respostas vagas, dadas pra ninguém. Na verdade uma tentativa minha de responder ao meu inconsciente sobre a razão de ter se encantado com o filme Historias de Amor Duram Apenas 90 Minutos. Quando por trás dos jornalistas e suas criticas o pontuam como uma obra fraca e um roteiro bobo.

Trata-se da estréia do roteirista Paulo Halm na direção. O elenco é estrelado por Caio Blat, Maria Ribeiro, Luz Cipriota e Daniel Dantas.

A narrativa gira em torno de Zeca, um aspirante escritor de 30 anos, impedido de concluir seu romance parado na pagina 50, por uma crise de existência que mantém a todo o momento. Tem na mesada dada por seu pai seu único recurso de dinheiro. O fio condutor da estória é realizado através do próprio protagonista em off.

Ao contrario do seu comodismo, Julia, sua mulher, transcorre uma personalidade diferente, sendo decidida e ambiciosa por seus sonhos.

A vida de Zeca aparenta haver uma mudança quando desconfia que Julia venha mantendo um caso com uma amiga, Carol, uma dançarina argentina. O seu descontentamento é tão grande, que acaba nutrindo uma paixão louca pela amiga de sua mulher.

Sua obsessão se torna realidade quando os dois se relacionam é iniciam uma relação sensual. Diante deste fato, não consegue ter coragem para contar a verdade a sua mulher é decide ficar com as duas, de tarde com a amante é à noite com a mulher. Porém num determinado momento sente-se culpado.

Algumas ações do protagonista fizeram me lembrar o Cama de Gato, filme B antigo de Caio, onde interpretava um jovem porra louca. Ótima atuação em ambos os filmes. A impressão é que a sua atuação estava bem à vontade. Não é a toa que ele é um dos produtores.

Apesar das gravações terem sido rodadas no Rio de Janeiro e ter o clima ensolarado das praias, a atmosfera da trama é obscura, sempre querendo remeter que Zeca seja um estranho no ninho. A historia poderia facilmente ser contada nas ruas do centro de São Paulo.

A questão da diferença de personalidades é outro ponto interessante. O homem demonstra todo o medo que o ser humano contemporâneo carrega em tomar decisões. A mulher o seu oposto, mostra ser emancipada, capaz de criar as diversas soluções para conseguir seu objetivo e se torna o equilíbrio do casal.

O nome do filme é bem sugestivo e criativo, responde muitas perguntas, portanto, qualquer rotulação com uma historia de amor é errônea, vejo qualidades maiores do que um simples relato de um trio amoroso. Identifico na imagem do protagonista uma geração medrosa que regressa diante das criticas é acaba se acomodando.

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