1° RESENHA DE FILME: Nine


Devidamente pensado resolvi colocar neste espaço, resenhas de filmes escritas por mim. Não sou muito familiarizado com esse tipo de abordagem. Tenho alguns textos que gosto e outros horríveis, que permaneceram em endereços esquecidos. Enfim sem compromisso, irei tentar adentrar no mundo cinematográfico.


Uma cena impecável, reunindo todo o elenco, numa espécie de apresentação de personagens, marca o inicio de Nine, mais um musical de Rob Marshall, diretor que se consagrou adaptando Chicago para as telas. Na atmosfera saudosista dos antigos musicais, a película funciona entre altos e baixos.

O filme é uma releitura do clássico “8 1/2″ de Federico Feline, famoso diretor italiano que inspirou muitas gerações de cinéfilos e cineastas.

Numa Itália na década de 60, que começa a descobrir a sexualidade ativa através do cinema italiano, Guido Contini famoso por usar esse método nada convencional nos seus filmes, consegue arrancar suspiros dos mais inesperados públicos. Vindo de duas obras sem expressões, os olhos de Roma se voltam totalmente a ele quando anuncia que ira rodar um próximo longa. Porem os problemas começam a surgir em sua vida ao longo da pré-produção. O principal sendo a falta de inspiração que bloqueia e o impende de realizar o roteiro. O outro fica a cargo da sua convivência sucessiva com as mulheres que fazem parte do seu caminho.

O figurino e o cenário atingem a sensibilidade do expectador e tem o poder de levar sua mente para aquele mundo. As atuações de Daniel Day Lewis e Marion Cottilard são dignas de serem eternizadas. Uma verdadeira aula de como atuar. Suas falas e gestos são incríveis, um espetáculo a parte.

O ponto franco é a falta de sincronismo das cenas cantadas com a narrativa da historia, tendo outros ambientes como cenário e não o mesmo do diálogo em questão. A exceção do numero musical de Fergie que e tão bem dirigida que não deixa a desejar. A inserção de Nicole Kidman no elenco é totalmente nula. A nenhum momento sua personagem ganha à força esperada. Participação invalida.

O elenco finaliza-se com a veterana Judi Dench que não compromete e como sempre faz um belo papel. Katie Holmes vira quase um figurante, tornando-se também invalida. Penélope Cruz consegue a façanha de alavancar uma indicação ao Oscar para Atriz Coadjuvante por sua atuação, o que é desmerecido. A outra veterana Sophia Loren encarnando um personagem interessante, que acaba não ganhando força na historia. É a estréia de Fergie como atriz, que faz de sua única cena solo uma das melhores coisas do Filme.

Nine não conseguiu copiar a façanha de Chicago quando foi indicado para o Oscar nas principais indicações, se contentou com quatro indicações alem de atriz coadjuvante, concorre a figurino, canção e direção de arte. O ingresso pago é valido por tornar a obra uma experiência que ganha um charme na telona do cinema.

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